De 20 a 22 de outubro de 2022 tivemos o V Encontro Brasileiro de Ecolinguística (V EBE), pela modalidade remota, usando a plataforma RNP, cujo endereço era

https://conferenciaweb.rnp.br/conference/rooms/eventos-academicos-cientificos/invite

O site do evento é: https://encontroecolinguis.wixsite.com/vebe

Inicialmente, das 8 às 8:20 horas, deu-se a abertura dos trabalhos por Rosineide Magalhães de Sousa, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade de Brasília. Diga-se de passagem que ela foi de grande ajuda para a efetivação do evento, o que o grupo de ecolinguistas brasileiros agradece de coração. Às 8:20 tivemos a palestra “Húmus: Eco-linguagens na época do colapso”, pela conhecida ecolinguista e escritora galega Teresa Moure, da Universidade de Santiago de Compostela. A palestra de abertura das atividades do segundo dia foi proferida por Lorena Araújo de Oliveira Borges (Universidade Federal de Alagoas) com o título de “Os sentidos da natureza: Implicando os saberes decoloniais nos estudos ecolinguísticos”. A palestra do terceiro e último dia, “Tentar já é triunfar: O meu percurso na ecolinguística”, foi proferida por Adelaide Chichorro Ferreira, da Universidade de Coimbra, Portugal. Havia 24 comunicações inscritas, das quais apenas a de Roberta Rocha Ribeiro (UFG-Cidade de Goiás) “A toponímia oficial de Piracanjuba-GO: Uma reanálise à luz da ecolinguística”, não foi apresentada, por motivos de saúde. As outras 23 comunicações apresentadas e discutidas são as seguintes, por ordem de apresentação: 1) Hildo Honório do Couto (Unb/GEPLE), “Por uma gramática ecossistêmica do português”; 2) Stephanie de Carvalho Guerra & Elza Kioko N. N. Do Couto (UFG/NELIM), “Usos de preposições por falantes de italiano como língua materna na aquisição do português brasileiro como língua adicional”; 3) Tadeu Luciano Siqueira Andrade (UNEB/Jacobina-BA), “Não me chame de sacizeiro: o sentido das palavras nos crimes de linguagem à luz da análise do discurso ecológica”; 4) Erick Samuel S. Thomas (UFG), “Vivências e desafios relatados por YouTubers e imigrantes venezuelanos/as no Brasil: Um estudo à luz da Análise do Discurso Ecossistêmica”; 5) Rosileide B de Carvalho & Luiz Paulo Almeida Neiva (UNEB), “O discurso euclidiano acerca da Guerra de Canudos: Uma interpretação ecolinguística de fontes históricas”; 6) Samuel de Sousa Silva (UFMS-Aquidauana), “O agro é pop, o agro-é-tóxico: Análise ecodiscursiva da campanha publicitária ‘O agro é tudo’”; 7) Shirley Maria Batista (Università degli Studi di Udine, Itália), “Mariana e Brumadinho: Vozes de vítimas e justiça no desastre ambiental de Minas Gerais”; 8) Jamille Luiza de Souza & Kelly Cristina Nascimento Day (Universidade Estadual do Amapá/Macapá), “Os escritos públicos fronteiriços: Um estudo da paisagem da fronteira Oiapoque-Saint Georges à luz da Ecolinguísica”; 9) Alexandre António Timbane (UNILAB – S. Francisco do Conde-BA), “A geomorfologia e a hidronímia ecolinguística em Moçambique: A língua e o meio ambiente em debate”; 10) Kênia Mara de F. Siqueira (POSLLI/UEG), Cleber Cézar da Silva (Instituo Federal Goiano) & Eduardo de Freitas Siqueira (Instituto Federal Goiano), “Os nomes do Brasil: Uma perspectiva ecossistêmica”; 11) Ana Maria Pereira dos Santos & Kênia Mara de F. Siqueira (POSLLI/UEG), “A toponímia ‘híbrida’ de Goiás: tupi e português na formação dos locativos goianos”; 12) Mayara Macedo Assis (UFG), Zilda Dourado Pinheiro (UEG-Quirinópolis) & Elza K. N. N. do Couto (UFG), “A interação ficcional pela perspectiva da Análise do Discurso Ecossistêmica: Um estudo de fábulas”; 13) Genis Frederico Schmaltz Neto (UniFANAP), “ ‘Messias é o escolhido’!: Um panorama do ecossistema espiritual brasileiro em meio às eleições”; 14) Elisângela Celita Gualberto & Alec Elis Gualberto Porto (UEG), “Língua de sinais, linguagem e ecolinguística: Reflexões exoecológicas e endoecológicas”; 15) João Nunes Avelar Filho (UEG-Formosa), “A linguagem nas redes sociais nas eleições brasileiras: relações desarmônicas das fake news”; 16) Roseanne V. de Camargo (PPGCiamb/UFT), “O evangelho da ecoeficiência e o (pseudo)discurso ecológico”; 17) Mayara Caroline Sousa de Abreu & Maria Célia Dias de Castro (UEMA-Balsas), “Léxico toponímico do cerrado balsense: Um olhar ecolinguístico ao ato de nomear”; 18) Leênny Teixeira de Araújo & Kênia Mara F. Siqueira (POSLLI/UEG), “A cor como elemento ecológico para motivação de topônimos”; 19) Djiby Mané (UnB), “Ecologia do contado de línguas e a relexificação no crioulo afroportuguês de Casamansa”;  20) Greicy de Jesus Coelho (UFAM), “O ensino-aprendizagem de língua portuguesa na educação do campo em Manaus: Um estudo de caso à luz da Ecolinguística”; 21) Silvia Adriane T. de Moura (UFT-Arraias), “Educação do campo e as contradições existentes no meio rural brasileiro: Um olhar na perspectiva da Ecolinguística”; 22) Adão Fernandes da Cunha & Rosineide Magalhães de Sousa (PPGL/UnB), “O calendário sociocultural e os múltiplos letramentos do sítio histórico e patrimônio cultural kalunga: Um diálogo entre os saberes ancestrais e a Ecolinguística frente à implementação da educação escolar quilombola”; 23) Gilberto Paulino de Araújo (UFT-Arraias) & Davi Borges de Allbuquerque (GEPLE/SEED-Aracaju)  “Inter-relações entre diversidade linguística, biológica e cultural: Abordagem sob a perspectiva da Linguística Ecossistêmica”. Ao final, houve intensas discussões, inclusive retomando temas abordados em sessões dos dias anteriores. O V EBE era para ter sido realizado em 2020, pois ele se dá de dois em dois anos e o último fora realizado em 2018 na UFC/Fortaleza. A irrupção da pandemia do coronavírus impediu que ele se realizasse antes. Mesmo tendo sido realizado virtualmente, este V EBE se deu sob inúmeras dificuldades, devido à impossibilidade de muitos membros do grupo de ecolinguistas brasileiros participarem, por vários motivos, a maioria obrigações inadiáveis em suas instituições. Apesar de tudo, achamos que a presente edição do EBE foi um grande sucesso. Uma seleção dos trabalhos apresentados será publicada em ECO-REBEL.